segunda-feira, 29 de junho de 2015

Ingenuidade infantil

Reunião de irmãos é lembrança e risada na certa, e assim fazmos em casa, sempre estamos nos divertimos conversando sobre nossas peripécias infantis. Uma dessas lembranças é as coisas que faziamos para comer quando brincávamos de casinha, e dentro dessas comidinhas, comiamos uns matos que achavamos: comiamos trevo - é azedinho; uva japonesa, flor de são joão, as folhin has da erva-doce, entre outras. 
Outro dia, em um jornal de grande circulação, uma chefe de cozinha falou dessas ervas que estão nas ruas e que não usamos e dentro delas estava a uva japonesa. Engraçado que quando eu via um pé dessa frutinha, eu sempre perguntava se as pessoas ao meu lado também comiam e sempre recebia uma negativa. Pensei que era coisa de criança, mas quando vi no jornal.... Fiquei feliz! me atrevi novamente a experimentar, por sorte na casa dos meus pais tem um pé dessa fruta. Pus no strudel inicialmente, e depois fiu me atrevendo, Fiquei feliz! 
Agora é época de São João, então lembrei da flor de são joão. Procurei na casa dos meus pais e não tem mais, contudo prestando atenção nas ruas, achei. Incialmente fiquei feliz, passeis pela rua diversas vezes até que me encoragei, parei e peguei um raminho e dái não tive coragem de por na boca. Achei que deveria lavar, mas quando era criança pegava no mato e punha na boca direto, nem pensava em nada. Bom depois que lavei, achei que não devia comer... resultado - não experimentei, mas fiquei morrendo de vontade, me achei boba por pensar em tantas questões, será que pode ser venenosa? Calro que não, chupei tanta flor de são joão e não morri, mas minha cabeça de adulto não me deixou experimentar...
Criança é tão inocente que punha na boca sem pensar em nada, eu era chata pra comer, mas em comprensação comia cada mato...

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Algumas Considerações

Meu percurso profissional me colocou a frente de situações que me fizeram pensar nas obviedades da vida, daí minha postura questionadora diante de algumas questões, tais como família - não fale perto de mim que família é tudo, pra quem? - a dupla, pra mim inseparável,  violência sexual e aborto, e por último, suicídio... Já escrevi algumas linhas aqui no blog sobre todos esse temas... recebi alguns poucos comentários, dai não pude discutir mais. Não é que fico defendendo nenhuma dessas banderias, mas me ponho aberta a discutir com quem queira. 
Por outro lado, também me fez pensar em outras situações como afeto, e amor que também já escrevi aqui. Assim, um dos meus primeiros escritos neste blog foi sobre os relacionamentos de longe: antigamente por cartas e atualmente via internet... Acho que um dos problemas é o cotidiano que fica de lado... nessas relações virtuais colocamos só o que queremos mostrar e da maneria como queremos. Já na vivência conjunta as arestas aparecem, a relação do dia-a-dia tem grande impacto na relação a dois; também escrevi sobre pedir ou não afeto.
Hoje queria pensar nas relações arranjadas. Sempre que penso nessa situação, me vem um medinho... esse cotidiano, como fica isso? Se é arranjado é porque um das partes se submete ao outro, por isso é arranjado, uma das partes tem que se submeter ao desejo de outro, e este outro não é o parceiro, mas o pai que concede... Mas também acho que pode ter o outro lado, o amor ser construído no dia-a-dia, pois acredito que o amor é algo que se cultiva, se aprende na convivência, daí claro que deixo de lado o amor á primeira vista! É pena, mas é assim. Atualmente, vejo as relações dos jovens e me parece que elas nem resvalam no amor à primeira vista e muito menos na construção, por isso eles ficam, mas não permanecem. Se permanecessem teriam tempo de construir uma relação é daí o amor aparece. A dupla deve ter afinidade, e o tempo constrói a relação. Os jovens não dão esse tempo pr'as relações crescerem. No que será que acreditam?
Apesar de ter enfrentado duros temas pra debater e trabalhar, ainda sou crédula no amor, no afeto. e continuo achando que se pode pedir afeto e que o amor é um sentimento que nasce da convivência.