domingo, 28 de dezembro de 2014

Lixo de rua

Ouvi outro dia, que o serviço de varrição de rua da cidade de São Paulo retira 4,5 ton (quatro toneladas e meia!) de lixo por dia!! É muita coisa, não? Claro que tem folha das árvores, mas tem muito papel e outros pequenos lixinhos que são jogados nas ruas. e já pensaram em quanto de lixo desce pros bueiros antes da varrição dar conta... Ou você acha que TODO dia TODAS as ruas são varridas?
O poder público não cuida das áreas verdes e vai deixando as construtoras transformar pequenas casas com seus quintais em grandes prédios, com grandes cimentados com quadras retirando as áreas de reabsorção das águas da chuva, fazendo descer tudo para os ralos e paras os sistemas de escoamento público ou seja para os rios. Dai junta com esse lixo todo das ruas descendo para os bueiros, tem mais ter enchente! Ou mesmo os lixões vão ganhando lixo das varrições
Que tal pensarmos antes de descartar pequenos pedacinhos de papel, ou latas pelo vidro da janela do carro, ou bitucas de cigarro...

Sobre as Luzes do Natal : um comentário

E não é que no Japão  existe um lugar onde as luzes que enfeitam a cidade para comemorar a chegada do inverno usa-se energia de óleo de cozinha (eles não comemoram o Natal).
Funciona assim, no final do dia, os bares e restaurantes da redondeza levam o óleo usado para uma usina que transforma em biodiesel, dessa forma, reutilizam o óleo e fazem uso de outra forma de energia diferente daquele usada para abastecer as casas. Na reportagem, 800 l. de óleo viravam 760 l. de combustível. Que boa idéia!!!
Claro que tem um lado negativo, a poluição gerada pela combustão do óleo de cozinha... sim, tudo dois lados.

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/12/japoneses-usam-oleo-reciclado-para-iluminar-enfeites-de-fim-de-ano.html

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Funções da Linguagem, uma reflexão!

Entro no caixa eletronico. Vou fazer uma operação e percebo que a tela está com as letras turvas, faço uma brincadeira sozinha... a mulher que está ao lado, se junta a minha brincadeira e damos risada. Não nos conhecemos, mas quando ela sai ela me deseja uma feliz Natal. Fico perplexa, pois se fosse outro momento será que ela se depediria de mim? Me desejaria uma boa tarde, por exemplo?
A comunicção entre as pessoas é algo intrigante. Outro exemplo, outro dia ao entrar em uma loja logo perguntei a vendedora se tinha o objeto de que estava querendo comprar, mas ela sem me escutar deu as boa vindas num discurso decorado que a loja a ensinou. Parei e perguntei o que ela estava dizendo, ela então repetiu o cumprimento. Dai, fiz novamente minha pergunta.
Lá nos últimos anos do ensino fundamental II, antigas 7ª e 8ª séries do 1º grau, aprendemos sobre os elementos da comunicação e é  sobre isso que queria refletir. Esse fenomeno de desejar Feliz Natal ou boas festas, será que as pessoas estão usando da linguagem fática ou da linguagem emotiva?  A função fática - aquela que tem função de testar o canal, o Alô ao telefone, por exemplo - é usada de forma tão habitual que fica displicente.  e como dizer tchau, ou até mais tarde, ou pasa lá em casa, vocês já escutaram isso. pasa lá em casa quando? e o endereço? claro que é só função fática!
Ao perguntarmos Tudo bem será que queremos ouvir a resposta? Não, nós perguntamos e já saímos de perto. A outra pessoa responde andando...Se estamos perto, esepramo que ela responda afirmativamente e continue. Quando escuto essa pergunta sempre espero para ver o que a outra pessoa responderá, e me questiono silenciosamente se a outra pessoa  está bem mesmo como ela disse. Percebo que escutar é muito difícil. Preste atenção quando você conta alguma coisa e a outra pessoa logo palpita, sem perguntar um pouco mais, ou esperar para ver o que você está querendo dela. será que é um palpite, ou será um aconchego, ou puxão de orelha???? 
Claro que essa pessoa que me desejou feliz natal espera que eu tenha alguma coisa feliz... ela nem sabe se sou cristã ou não, mas quer que eu seja feliz em um momento. Isso é o que importa nesse momento.
Mas, e quando um pai pergunta para um filho se este está feliz. Será que ele realmente quer saber se o filho está feliz? e se o filho disser que não, qual será sua reação? Ou quando um homem pergunta à mulher se ela o ama, será que ele quer saber de verdade? E se ela disser que não? Tem coisas que não se pergunta, ou então esteja preparado para escutar a resposta. Sabe aquela expressao: perguntou o que quis, ouviu o que não quis!!! Pois então, pense nisso antes de falar, senão você gera uma frustração no seu destinatário, pois algumas vezes temos que trocar a função da linguagem e e só prestando atenção no tom de voz da outra pessoa, ou do gesto que ela usa que podemos perceber essa sutileza da linguagem! 
Nesses temos de festas, desejo que 2015 traga a felicidade para você!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

De novo, encantada!

Eu de novo escrevendo sobre meu encantamento! Agora é por uma acontecimento da cultura...
Desde outubro deste ano, o metro disponibiliza pianos em algumas estações para que os transeuntes toquem. Olha que coisa linda... qualquer pessoa pode tocar, se deliciar tocando e os ouvintes se delitam com um pouco de música.
Na PUC de SP, na biblioteca, tem um piano também. Quando ia emprestar um livro, e tinha alguém tocando, achava uma delícia escutar uma musiquinha!!! E os pianistas  pareciam felizes, nem ai com o público. Faziam como diz a música de M. Nascimento: "não importando se quem pagou quis ouvir".
Agora, isso está no metro. Uma grande oportunidade para todos.
Nossa cidade é difícil, tem muito transito dificultando a locomoção e claro dificultando nossa participação nos espetáculos, ou concertos ou shows que contecem. Sem falar no fato de que muita gente nunca viu um piano de perto. Ele fica sendo um instrumento de sala de concerto,  inacessível ao grande público e agora está ai, pertinho do povo...
Novamente - já temos as artes plásticas, shows, bibliotecas -  o metro levando cultura para o povo. E nós ganhado mais um poquinho.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Sobre as luzes do Natal

Uma amiga me disse que ultimamente estou com pique para escrever no blog. Acho que é que estou com pouco tempo pra me dedicar aos amigos... e daí escrevo para deixar o pensamento rolar e a discussão fruir.
Eu gosto de ver a cidade enfeitada para essa época. Aprendi com minha mãe a fazer enfeites para deixar a casa com ar de festa. Ela, ainda, gostava de inventar e assim sou eu, sempre procuro um jeito novo de fazer decorar a casa ou reciclo algum material nos enfeites...
Quando era criança, como sou do interior, minha mãe nos trazia (eu e minhas irmãs) para ver a R. Teodoro Sampaio enfeitada. Na década de 70 era um símbolo que o Natal tinha chegado, assim como hoje são os shppings centers. Eram cordões de luzes coloridas esticados pela rua juntamente com festões coloridos e outro ornamento, como são as bandeirinhas na época de São João nos arraiás. Hoje os enfeites se espalham por toda a cidade, tanto os prédios comerciais como particulares investem nos enfeites de Natal, mas uma coisa me incomoda.
Fazemos horário de verão para economizar energia, pois bem. Só que quase sempre so enfeites privilegiam a iluminação. Inúmeros cordões de lampadas são estendidos pelos prédios. Não só em São Paulo, mas em todos os locais. Sempre me pergunto, por que não investir em enfeites mais ecológicos, que não gaste energia? Que tal incentivar os prédios comerciais a criarem enfeites que privilegiem outras adereços. Um bom artesão e um engenheiro elétrico poderiam criar enfeites com poucas luzes e um material que refletisse e brilhasse, fazendo as vezes dos milhares de leds. Alguns vão me dizer que aqueles leds gastam pouca energia. Sim, mas os milhares espalhados pelo país... Vamos esperar o sistema energético entrar em colapso, como foi com a água para incentivar a população a economizar? Temos que aprender sempre, não é assim? Então, que tal trocar as tais luzinhas por bolas prateadas, ou milhares de papel branco???? Sei lá, a criatividade e os profissionais estão aí!

É hora de me despedir...

Aprendemos a viver, vivendo! Nos ensinam que temos que viver cada segundo como se fosse o último, mas só aprendemos isso quando estamos nos separando de alguma coisa.
Nada é para sempre, muito menos um trabalho. É com pesar que deixo meu trabalho para assumir outro. As escolhas fazem parte das nossas vidas, mas gostaria de dizer que foram anos de aprendizado e muita cumplicidade com alguns de vocês. Hoje é sempre um encontro com amigos quando chego para trabalhar e por isso mesmo minha tristeza em deixá-lo.
Por isso fiz questão de deixar registrada minha alegria por ter tido vocês como colegas de trabalho, alguns já foram embora, e com outros pouco convivi, mas todos foram especiais para mim nesses anos que estive nessa instituição. É um trabalho que nos faz lidar com nossos limites e nossa esperança, mas que na jovialidade de alguns e na experiência de outros me faziam investir. (confesso que muitas vezes esmoreci, cai, quase perdi minhas esperanças, mas voltava a acreditar vendo outros tão confiantes).
Às mulheres com quem trabalhei meu muito obrigada, pois me fizeram sentir na pele a exclusão, assim como elas sentem todos os dias. Às crianças, a esperança que me fizeram sentir, pois quando eu pensava que não tinha feito nada, vinha um abraço de confiança... era muito bom sentir isso.
E para terminar mais um trechinho do livro Boneca Viajante, tão especial nesse momento: "E ele absorvendo, como uma esponja, viajando com os olhos, atraindo energias com a alma, perseguindo sorrisos por entre as árvores. Era mais um entre tantos, solitário, com seus passos perdidos sob o mando da manhã. Sua mente voava livre, de costas para o tempo, que lá embalava com a languidez da calma e balançava alegre no coração das pessoas."
Assim me sinto agora.



domingo, 7 de dezembro de 2014

Abrir presente não faz mais parte da educação?

Quando era criança aprendi que quando eu ganhasse um presente deveria abrí-lo na frente da pessoa que me presenteou e agradecer. Isso era tão arraigado em mim que quando alguém não abria o presente achava estranho, sabia que não era educado... Nos casamentos que os presente chegam  e os noivos não estão para receber, eles devem mandar um cartão de agradecimento pelo presente. Aprendi também com meu avó que presente não tem valor - tanto faz se ele custou R$ 10,00 ou R$100,00, quanlquer presente é importante, pois a pessoa fez a gentileza de lhe dar. Guardo esse ensinamento com muito carinho.
Pois bem, atulamente nessas festinhas infantis as crianças não abrem mais os presentes. Será que a norma de educação mudou?  A gente abria o presente e muitas vezes já brincava na festa mesmo, com as crianças que lá estavam. Agora o presente fica para ser aberto depois, a criança sem sabe quem deu pois são tantos presentes a serem abertos juntos... noto que os presentes ficam de lado, a criança mal sabe o que ela ganhou. Será que não seria valioso ensinar a criança a receber seu convidado, dar as boas vindas, receber o presente trazido e depois ela volta brincar, como se fazia antigamente? Isso é educar. Me pergunto, pra que educação? A partir de que idade se deve ser educado, então? Depois reclamamos que os jovens de hoje não tem educação, mas será que ensinamos a importância da educação?

Inconformada!

Vocês sabem que violência de gênero me dá alergia. Não consigo ficar quieta, e a história do professor que fazia assédio sexual com as alunas me dá uritcária, não consigo me calar. Claro que um homem com os adjetivos dele: professor, doutor sai na frente no quesito sedução. Uma pessoa com essa formação leva um pessoa na conversa facilmente. Ele deve ser uma pessoa culta, pois para fazer seu doutorado fez relações diferenciadas, leu várias coisas, já pensou e discutiu diversos fatos. E mais, como é professor de uma universidade pública deve ir a muitos congressos daí contar das viagens, lugares diferentes, gente com que cruzou fasz com que as alunas o idelizem... daí se aproveitar disso para abusar das alunas... que caráter mais perverso!!! E o pior é que tem gente que acha que as vítimas consentiram.. é triste!!!
Denunciar sempre, se calar só até que o medo passe... sei do medo e da vergonha das vítimas... trabalhei com mulheres vítimas de violência de gênero e aprendi que o agressor não tem cara e que sempre vem uma pessoa para questionar se ela não tem culpa nessa história!!???

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O que acontece com nossos jovens?

Outro dia escrevi sobre as crianças que estão impedidas de irem a alguns restaurantes. Hoje escrevo para pensar sobre a sexualidade de nossos adolescentes.
Segunda-feira, dia Mundial de Combate à AIDS nos é dada a notícias que a infecção pelo HIV cresceu 50% nos últimos 6 anos entre os jovens de 15 a 24 anos.
 http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=3&cid=217975
A justificativa para esse crescimento é que essas pessoas nasceram e cresceram depois que houve o controle da doença, não viram a doença matando amigos e ídolos, assim ele acham que como a AIDS não mata, tudo bem. Esquecem-se de que é uma doença crônica que traz muitos prejuízos à saúde.
Bom, mas na mesma matéria é citado que nos EUA foi desenvolvido um comprimido que previne a AIDS em 92%. Será que é a falta de métodos de prevenção que faz com os jovens brasileiros se contaminem? Mas o Brasil foi também o pioneiro no tratamento compulsório aos infectados, exportou a metodologia para outros países. Penso que seria o comportamento de descaso dos jovens, não? Ou a onipotencia dessa geração? 
Onipotencia porque, quando uma criança é educada sem limites, pode-se ter um jovem onipotente, que não aprendeu a lidar com os limites, com os NÃOS da vida. E deixar de ter relação por falta de preservativo é um não que se impõe. Parar a transa e continuar somente na pegação por esse motivo pode trazer satisfação também e mostra responsabilidade, adolescentes conscientes e não jovens brochas e meninas bobinhas.
Hoje vemos os jovens sem limites para o uso do álcool, das drogas e também para o exercício da sexualidade. Com quantos você ficou numa festa, é pergunta básica entre grupos de adolescentes. Ficar quer dizer dar uns beijos, uns amassos, uns pegas. Só que esse exercício segue a passos largos, dos pegas eles logo passam para a transa e também para a variação dos pares. Parece que atualmente ninguém namora para não ter compromisso, daí pode ficar com outro par e outro par e assim sem envolvimento afetivo. Será? Por que tanto medo de se envolverem?
As crianças viram jovens que tornam-se adultos. Parece que esquecemos essa dinamica natural da vida... ou seja o jovem traz consigo a bagagem do que aprendeu quando criança, com potencial para acrescentar conteúdos e modificá-los, é claro, assim como o adulto. Estamos sempre aprendendo, é que dizem... então nosso conhecimento, nossa forma de vida vai se transformando, mas ela parte de um lugar e esse lugar é a infancia. Tudo isso para dizer que se nossas crianças são educadas como pequenos príncipes (como disse no artigo Crianças Sociais ou Anti-sociais) serão jovens príncipes, e como príncipes estão imunes a repressão, ou a castração (como dizemos em psicanálise) - tem coisas que não podemos. Dai para provocar a onça com vara curta, fica fácil ou seja, se expor a riscos grandes é um passo.