terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Pelas diferenças!!!

Quando o profissional é bom, dá gosto ver. 
As propagandas de cerveja costumam ser iguais, quase sempre apelam para a sensualidade, apresentam mulheres bonitas e homens 'pegadores', mas a Skol fez uma propaganda sutil e muito linda para o carnaval. Os banners de rua, esses iluminados espalhados pelas esquinas, ela pos: Se dois não querem, um vai dançar!!! Nem todos gostam de dançar no carnaval, mas os casais não precisam de separar, é só respeitar o outro. Aquele que gosta, vai pra rua e aquele que não gosta vai fazer outra coisa.
O carnaval, no imaginário brasileiro, está associado a pegação, a orgias e daí não se pode sair para se divertir sozinho. Mas e se se respeitar as pessoas... não precisar 'pegar' ninguém, afinal nem todo mundo sai na rua para pegar!!! Não dá só pra conversar? comer? beber? Pois então, no carnaval a mesma coisa, é só cantar, dançar, divertir. 
Vamos ver como funciona no dia-a-dia: cada um sai para trabalhar em um local diferente e à noite se encontram, porque não fazer o mesmo quando vão se divertir? Ou muitas vezes, um sai à noite para um curso e outro fica, e daí aproveita para fazer as coisas dele. Isso pode! Fazemos esses arranjos tantas vezes, mas quando se trata de diversão os casais só podem sair juntos, como um só, pela falta de confiança. A Skol apostou nesse nicho: as diferenças são saudáveis e inerentes aos casais. 
Parabéns à Skol!! 

sábado, 21 de fevereiro de 2015

É difícil ser imparcial

Li, em 19 de fevereiro, na Folha de São Paulo, um texto de Hélio Schwartsman, no qual ele se põe a pensar se é lícito subornar um filho para fazer uma coisa boa... Eu diria barganhar e não subornar, acho que barganhar é mais leve e fica mais fácil pensar no quanto barganhamos em nossas vidas. Ele refelte no final do artigo que algumas vezes pode ser omissão de socorro, por exemplo com relação ao cigarro.
Não sei! É que quando se trata de filho, ou alguém envolvido emocionalmente, fica difícil ser imparcial, mas e se você explica que aquilo não faz bem e a pessoa escolhe continuar, porque seria omissão de socorro? Agora, se estamos falando de alguém - um filho pequeno - que não tem condições de escolher, daí não tem nem por onde, os pais  mandam e acabou!  Estou cansada de escutar que o filho não dorme antes de meia-noite. Quem escolhe a hora de ir pra cama? Deixaram uma criança fazer essa escolha!!! Oras, agora aguenta.
Meu caro Hélio, a questão é que você usa exemplos carregados de afeto e dai não consegue ser imparcial, pensar racionlamente... Já dizia a canção de Tom Jobim:  "nas coisas do amor, tentei em vão raciocinar!" No exemplo da religião ou do futebol, os pais oferecerem aquilo que acreditam, mas se o filho quando tiver condições de escolher, escolher diferente, tem que deixar... mesmo que o caminho seja torto, vá haver sofrimento (como no seu caso, Corinthians é o melhor).
A questão da escolha eu vivo isso todo dia, na minha profissão, mas a escolha é dele... o que posso fazer é ajudá-lo a pensar nessas escolhas tortas, nada mais; até que a pessoa crie condições para sair desse sofrimento e fazer outra escolha, um pouco mais satisfatória.
É difícil ser imparcial!

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2015/02/1592159-omissao-de-socorro.shtml

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Os hábitos e as campanhas!!


            Outro dia, por ocasião da crise da água, estava discutindo com umas amigas sobre o assunto e li um artigo na folha de São Paulo - folha 2, opinião -  sobre os hábitos do brasileiro, o qual focava e alertava os governantes para uma campanha na mudança de hábitos em relação a água. Não podemos esquecer a falta de investimento no setor de abastecimento - encamentos, tratamento, distribuição, etc- mas e nossos hábitos? A agriucutlura que desperdiça água com a irrigação por asperção, e nós nas nossas casas usamos a água de maneira descontrolada...
            Nós brasileiros sempre achamos estranho os europeus lavarem a louça de torneira fechada, nós tinhámos tanta água que a torniera sempre ficava aberta; e agora estamos fazendo igual. Hábitos se mudam sim! e por que não investir em campanhas para a bom uso da água que reflita nas geraçãoes futuras? Perigas de acontecer da mesma forma que na crise da energia. Naquele ano, todos pouparam, mas e depois????
            Acontece que campanhas devem ser feitas sempre!!! Já viram alguma cerveja para de investir em propaganda?
            Nos anos 80, as campanhas que alertavam para o uso da camisinha , surtiram um super efeito. Todos em algum momento estavam discutindo o assunto: discutia-se sobre o comportamento dos jovens, ou como os idosos iam aderir a essa nossa necessidade, ou como a fidelidade ia ser encarada dentro dos relacionamentos... e assim foi! Agora, 20 anos depois, quando a epidemia de HIV está controlada, ela volta a ameaçar, pois os jovens perderam o medo da doença, acham que não vai ser infectado e tal. Isso tudo pra falar que li uma notícia que os integrantes do BBB pediram a pílua do dia seguinte, não sei se é verdade, mas de alguma forma, essa notícia cehgou na internet. Como assim, quer dizer que eles transaram sem camisinha?? Fora a gravidez indesejada, e o HPV, o HIV, e as outras DSTs???? A pílula do dia seguinte é pra ser usada quando há uma falha, mas ali, todos adultos, desconhecidos, como não usaram o preservativo? Poderiam até usar a exposição e tirarem da gaveta um preservativo feminino!!!!
            No artigo, eles usavam esse fato para esclarecer o que é a pilula do dia seguinte. Ótimo, vamos divulgar que existe essa possibilidade, que pode ser encontrada no serviço público, como funicona, o que é, tal e tal... MAS...
            Ai campanhas!!!!
            Um exemplo positivo, foi o presidente dos EUA, Barak Obama, que enviou um video (link abaixo) para o Grammy, pedindo aos artistas que usem da sua posição de formadorres de opinião para acabar com a violência de gênero. Ou seja, até o presidente está empenhado para o fato!!!
            A peteca não pode cair, temos que refletir sempre. Seja com relação ao uso da água, ou da energia elétrica, ou das doenças sexualmente transmissíveis, ou da questão de genero, ou do consumismo e assim vai! Que tal nos  habituarmos a pensar sobre nossos hábitos!
            Não dá para nos comportarmos com pensamento assistencialista o tempo todo, estamos acostumados a esperar do poder público e reclamar que eles não fazem nada, mas e nós?

http://www.nbcnews.com/pop-culture/music/obama-urges-grammy-artists-take-stand-sexual-violence-n302606

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Divagações sobre a vírgula

Na semana passada, o texto do Pasquale, na Folha de São Paulo, era sobre a ordem de um enunciado. Este, mal formulado, dava uma impressão errônea do texto (ver link abaixo). O título do texto era: Grupo protesta contra falta água na sede do governo. Como sou psicanalista, pensei no sentido do erro!!! 
Primeiro: como assim, só nos, pobres mortais, deveríamos sofrer com a falta d'água? Acho que todos gostaríamos de que faltasse água na sede do governo, não é? Acho que o erro foi proposital, sim!!! O título como apareceu deixava os leitores irritado e suscitava a leitura do texto, não?
Segundo: como na reforma ortográfica o acento diferencial foi suprimido, não poderia ser uma ironia do autor brincar com a falta d'água e falar sobre a sêde do governo? Nesse momento, nosso governantes estão sedentos pelo poder: brincam como crianças de governar.
Assim, a possibilidade de brincar com a linguagem é daqueles que conhecem. Quando se diz que somente um povo educado pode mudar o rumo do país, gostaria de acrescentar, que só um povo educado pode brincar com sua língua, com sua cultura, pode-se tirar proveito do que se apresenta... Por que tantos riem com as piadas do Macaco Simão? Porque se apropria da situação e brinca com ela. Falta isso quando não temos domínio da língua.
Outro dia, uma amiga contou que por ocasião do aniversário de um amigo mandou um torpedo: Parabéns, felicidade. Beijos (no plural) (sic). Esses parenteses vieram por um texto publicado aqui dizendo da felicidade no singular. Como essa pessoa goza da amizade dela, brincou: São aqueles três beijos de tia ou são beijos de amigo gostoso (sic). Isso tudo sem vírgula, como escrevi aqui. Como era um torpedo, disse que queria ser econômica na digitação e daí usou o artificio da supressão da vírgula, dando duplo sentido à frase. Só pode fazer isso, pois sabia usá-la. Brincar é tão bom, e ainda, "já não ia ganhar abraço e nem beijo ao vivo, pelo menos uma brincadeira!"
Já estamos morrendo de sede e não podemos morrer de sede de cultura?


http://www1.folha.uol.com.br/colunas/pasquale/2015/02/1585378-falta-agua-na-sede-do-governo.shtml