sábado, 21 de fevereiro de 2015

É difícil ser imparcial

Li, em 19 de fevereiro, na Folha de São Paulo, um texto de Hélio Schwartsman, no qual ele se põe a pensar se é lícito subornar um filho para fazer uma coisa boa... Eu diria barganhar e não subornar, acho que barganhar é mais leve e fica mais fácil pensar no quanto barganhamos em nossas vidas. Ele refelte no final do artigo que algumas vezes pode ser omissão de socorro, por exemplo com relação ao cigarro.
Não sei! É que quando se trata de filho, ou alguém envolvido emocionalmente, fica difícil ser imparcial, mas e se você explica que aquilo não faz bem e a pessoa escolhe continuar, porque seria omissão de socorro? Agora, se estamos falando de alguém - um filho pequeno - que não tem condições de escolher, daí não tem nem por onde, os pais  mandam e acabou!  Estou cansada de escutar que o filho não dorme antes de meia-noite. Quem escolhe a hora de ir pra cama? Deixaram uma criança fazer essa escolha!!! Oras, agora aguenta.
Meu caro Hélio, a questão é que você usa exemplos carregados de afeto e dai não consegue ser imparcial, pensar racionlamente... Já dizia a canção de Tom Jobim:  "nas coisas do amor, tentei em vão raciocinar!" No exemplo da religião ou do futebol, os pais oferecerem aquilo que acreditam, mas se o filho quando tiver condições de escolher, escolher diferente, tem que deixar... mesmo que o caminho seja torto, vá haver sofrimento (como no seu caso, Corinthians é o melhor).
A questão da escolha eu vivo isso todo dia, na minha profissão, mas a escolha é dele... o que posso fazer é ajudá-lo a pensar nessas escolhas tortas, nada mais; até que a pessoa crie condições para sair desse sofrimento e fazer outra escolha, um pouco mais satisfatória.
É difícil ser imparcial!

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2015/02/1592159-omissao-de-socorro.shtml

Nenhum comentário:

Postar um comentário