segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Afeto: se pede ou não?

Faz tempo que não escrevo, estava com saudades. Olhei na data das postagens, faz quase 15 dias... mas esse tema tem me provocado, acho que não escrevi antes pois não consegui achar uma posição apesar de ter conversado com várias pessoas. E já que me propus a discutir aqui minhas inquietações, vamos lá!! Afeto: se pede ou não?
Outro dia, uma amiga disse que afeto não se pede, ou se tem ou não se tem. Não respondi... sou uma pouco lenta para isso, demoro a pensar e pra responder; fiquei pensando... no começo concordei, depois discordei. Por que não se pede? Acho que podemos pedir sim, o que não podemos é obrigar o outro a dar o que pedimos... o outro pode ou não nos dar. Ai estou de acordo.. temos que respeitar (apesar de ser difícil) o que o outro pode nos dar, mas acho que tenho o direito de pedir.
Eu tenho dois gatinhos e quando chego em casa eles, sem a menor cerimonia, me pedem carinho. Algumas vezes estou com mais tempo e posso me sentar no chão e fazer muuuuiiito carinho, mas muuuiiito carinho mesmo, outros dias chego com fome, quero comer e dai faço um pouco de carinho apenas... , eles pedem e eu dou o que posso... e ficamos nós tres felizes. Não deve ser assim com os amigos? Eu peço e o outro me dá o que ele pode... acontece que exigimos afeto, dai é diferente... nas questões dos afetos não se exige, mas se conquista, se dá, se tem... 
Acho que tenho sim uma posição: pode se pedir afeto, não se pode exigir afeto! Afeto não se exige, se pede e se dá! Algumas vezes é dificil aceitar o que o outro pode nos dar, então preferimos nem pedir pois corremos o risco de não termos aquilo que queríamos mas aquilo que o outro pode nos dar! Pois também aprendi com os anos que não se gosta de uma pessoa porque ela é assim ou assado, se gosta e pronta - temos algumas exigencias, é claro.... mas tem que ser inteligente, quanto??? tem que ser culta, quanto???? tem que ser boa, boníssima??? não! Assim vou ficar na dívida!!!! -  e daí gostando a gente dá afeto...muito, pouco... se dá!

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

A diferença nos pega no corpo!

Fui assitir a Mil Vezes Boa Notie! Para quem me conhece, sabe que mesmo sabendo é só um filme, vivo o filme. Já chorei vendo Dumbo uma porção de vezes, e quando há cena de agressão me retorço na cadeira.
Bom, nesse filme sabia que a personagem era uma fotógrafa de guerra, mas qual? como ele retratariam? são muitas as possibilidades; no entanto a base da estória é a relação da profissional com sua família; não é a guerra em si... Nessa discussão que o filme se propõe pode-se ver a diferença dentro da família de como cada um encara os fatos. Rebeca, a fotórgrafa, fala que sente muita raiva do mundo e quer chocar as pessoas com suas imagens, "fazê-los vomitar na hora do café, ao abrirem o jornal"; a filha mais nova acha a mãe corajosa por se colocar nos lugares que se mete, o maridão e a filha adolescente não suportam mais conviver com a aflição de ver a mulher e mãe se arriscar tanto. 
Mas, é ela quem sente ansia de vomito ao ver uma garota adolescente, com idade parecida com a da filha, ser preparada para ser uma mulher bomba. Ai eu me retorci! Fica difícil entender a diferença. A imagem me pegou no estomago, fui me apertando contra o assento da poltrona e quando a cena se intorrompeu fiquei aliviada. é muito díficil entender. Quanto a problemática de Rebecca, essa é mais fácil, está dentro do meu conhecimento cultural... 

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Desserviço da Rede Globo - vamos aos fatos!

Esta semana na novela Imperador um garoto foi adotado por uma família. Era uma adoção tardia, ou seja de garoto grande, não sei a idade ao certo mas deve ter uns 11 anos. este tipo de adoação é mais a difícil de acontecer. Ponto pra rede Globo que mostra a possbiliade da adoção de crianças grandes. 
Só que o garoto na despedida, chorava e dizia que não queria ir, e ainda perguntava se não pode ficar com a mulher que estava com ele naquele momento. Ela diz que teria que ir, quando a profissional chega para levá-lo ao casal ele reitera a pergunta e ela novamente afirma que ele deve cumprir essa ordem... Ali parecia-me que o menino nem conhecia a família para onde ia. Quer dizer que não houve visitas, passeios, finas de semana juntos para depois ocorrer a adoção???? E se a criança se manifesta contra, por que o juiz iria impor a doação para essa família?
Fui perguntar aos noveleiros quem eram as pessoas e daí fiquei sabendo. A mulher é uma cabeleireira que junto com um travesti cuidavam do menino. O travesti fez uma promessa para a mãe do menino de cuidar dele e já tinha pedido a adoção, mas foi rejeitado por ser travesti. Atualmente isso não é motivo de impedimento para conseguir adotar uma criança. Então a cabelereira entrou com pedido de adoção que também foi rejetiado por ela ser solteira, outra desinformação.
Claro que nesse mundo a fora temos profissionais preconceituosos trabalhando, mas esse é um trabalho de equipe e como tal devem discutir e chegar a um consenso. Assim esses tipos de preconceitos não costumam ser impecilho, ainda mais no Rio de Janeiro onde a novela se passa...
Para informar, a adoação deve ser de comum acordo, isto é, tanto a criança quanto a família devem aceitar-se um ao outro. E quando já há uma pessoa cuidando da criança, como é o caso da novela, que o garoto ficava sob a guarda da Xana, esta pessoa entraria com pedido de guarda e a criança continuaria a viver ali...
Se fosse assim, e a adoção por casais homoafetivos - de mulheres ou de homens? Ou para solteiros - tanto uma mulher solteira como um homem solteiro?
É isso.