segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Crianças sociais ou anti-sociais?

Recentemente alguns restaurante cariocas puseram em prática uma lei de 2013 que torna legal a proibição de crianças em locais públicos como restaurantes e hotéis. Isso não é discriminação.
Bom, quando vi essa reportagem, fiquei perplexa, e por isso resolvi escrever. Crianças gostam de brincar, de conversar e de aprender. Quem já não teve uma criança desconhecida por perto e logo estava rindo e conversando com ela...
Então, por que proibir as crianças de aprenderem a frequentar um restaurante? Porque elas tornam o ambiente uma balburdia! Sim, mas será que elas fazem isso para perturbar os outros adultos que estão no restaurante? Elas não param a brincadeira porque os pais não as repreendem, não? As crianças são concretas -o que se faz no restaurante? Come-se... então não tem que fazer firula, acabar o almoço e ficar conversando... ou deixar a criança esperando muito tempo a comida. Nem sair para jantar no horário dela dormir, criança com sono perturba mesmo...
Apenas restringindo as crianças do convívio social vai nos fazer pensar que resolvemos o problema. pois não teremos mais crianças perturbando nossos almoços, mas onde ela está? Perturbando outro lugar. Que tal os pais se tocarem e fazerem a que se propuseram: almoçar, jantar e ensinar o filho a frequentar o restaurante! Isso dá trabalho, mas quem achou que educar não daria? 
Comer de boca fechada...ah mais ele só tem 3 anos... bom mas tem que aprender, não vai conseguir agora, mas aos poucos consegue... não pode correr em volta da mesa enquanto espera a comida chegar... sai com a criança pra fora e espera na calçada, pode ser divertido ver as pessoas passarem, contar quantas pessoas passam usando shorts, quanto carros pretos passam pela rua ... Na hora que chegou a comida, entram comem e vão embora. Assim essas crianças aprendem e os pais se divertem!
Que tipo de adultos queremos, um bando de mal educados, criados por pais mal educados também, não?

A propósito: tem um blog bem bacana -  Escreva Lola Escreva! Dá uma espiada lá!



sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Quando as notícias me pegam!

Muitas vezes quero escrever alguma coisa, mas nada me chama a atenção, outras vezes vejo notícias que me impelem a escrever. É os caso da faixa para viciados em celular.
Terça-feira foi inaugurada na China a primeira faixa para viciados em celular. Ela tem apenas 50 metros e fica sobre uma ponte. A questão do uso do celular pelos chineses já fez o governo colocá-la como questão de saúde pública uma vez que os ferimentos causados pelo uso excessivo desse aparelho nas ruas são um fato; e agora, uma empresa privada aproveita-se dessa fraqueza da sociedade e instala uma faixa própria para facilitar o transeunte com seu aparelho. Não seria mais produtivo ela aplicar esse dinheiro em um programa para retirar as pessoas desse vício?
Uma ponte é uma construção que facilita a passagem das pessoas sobre uma obstáculo natural, que possibilita as pessoas irem de uma lado ao outro do rio o que promoveu a integração de comunidades antes separadas.  A possibilidade dessa travessia tem valor agregado, que as pessoas deixam de pensar depois de algum tempo. Em julho fiz uma caminhada pelo Vale do Pati - na Chapada da Diamantina, e atravessar um rio era muitas vezes difícil, pois tínhamos que caminhar sobre as pedras ou irmos até um lugar mais raso que possibilitasse a travessia, ou mesmo tínhamos que dar a volta na cabeceira do rio... Ali nem queríamos o celular, olhar a paisagem era nosso desejo.
Penso que atravessar essa ponte também tenha seu encanto que foi perdido pela população de tanto uso, por não olhar a sua volta. O uso compulsivo do celular me faz pensar numa sociedade triste e imatura. Acho triste caminhar sem olhar a nossa volta, sem olhar para as pessoas que passam por nós. Imatura pois essas pessoas não estão preocupados com seu entorno, mas sim consigo mesmo, como um bebêque ahca que o mundo giro em torno dele; usar o celuluar sem se aperceber do seu entorno é como se não existissem outros pedestres, o carro, as demarcações das vias....
Quanta ambivalência: ao mesmo tempo em que estão conectadas, estão desconectadas!!!

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Continuando o Quintal Paulistano

A natureza tentando sobreviver nessa selva de pedra não cansa de me surpreender! As árvores frutíferas produzindo é encantador. Lembram que falei do mamoeiro na Av. Sumaré, pois é, tá lá um mamão no alto, coisa linda. E agora, tem o tempo das amoras e também lá na Av. Sumaré tem muitos exemplares, e elas estão espalhadas por toda São Paulo. Sem falar nas pitangueiras que agora estão floridas!!! Hum cada uma mais linda.
Achei um exemplar do cacueiro (sim pé de cacau), aqueles que dão o cacau... que faz o chocolate.... que tem na Bahia.... pois é na R. Itacema no Itaim, tem um pé lindo, e cheio de frutos. Vamos ver se amadurecem.
Mas não são apenas as frutas que são encantadoras. E os passarinhos que insistem em sobreviver nesse mundo sonoro sem limites! No meu apartamento sempre voa por perto um beija-flor, 'tiquinho', e olha moro bem no alto e vai lá me visitar, quanto privilégio. Sem falar nos sanhaços, e maritacas que vem me acordar e estão sempre bagunçando nossos ouvidos uma vez que não estamos acostumados a ouvi-los!
E no Parque da Água Branca tem um mico... lindo, super adaptado. Eram três, faz tempo que não vejo todos, apenas um, será que morreram. Não é difícil, pois sobreviver ali é um esforço.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

A morte pelo Ebola

Nada mais triste que assistir, sem poder fazer nada, um surto dizimando toda uma região. E deixando a população do mundo em pânico os aeroportos da região foram fechados, atletas proibidos de participarem de Competições Internacionais uma vez que moram nas regiões atingidas, e os doentes trancados nos hospitais.
Ontem um rapaz fugiu do hospital. Corria pelas ruas numa feira  livre, e os outros consumidores corriam dele, todos em pânico, até que foi capturado. Alguns funcionários do hospital,vestidos como se estivessem mexendo num enxame de abelhas ("africanas"), capturaram-no e devolveram ao hospital. A cena era de captura a um animal. Há vida possível para aquele moço?
A morte do época da ciência não é digna. Não acho que ele deve estar fora, mas olhando pelo lado do rapaz, ele tem o direito e ver as pessoas que ama, morrer ao lado dos familiares.
O lema "quem ama, cuida" é valido, mas muitas vezes traz sofrimento. 
Muitas vezes, a medicina paliativa retira do hospital e manda para casa uma pessoa que sabidamente não tem mais nenhuma chance de vida para morrer junto com seus familiares. Esse rapaz, contaminado com o vírus Ebola, não tem mais chance de vida e não pode ir pra casa. Quanta tristeza.
Não estou defendendo que ele saia, mas defendo que ele seja compreendido no seu ato pois é um ato de desespero! Ele já está enterrado antes de morrer! Que dor!!!