Volto eu falar aqui de violência.
Hoje vou falar de uma violência institucional.
Parece incrível que São Paulo, uma
cidade tão atraente e moderna, ainda hoje mostre um meio de transporte tão
primitivo como a carroça. Onde tem carroça, alguns devem
estar pensando? Estou falando daqueles homens que carregam papelões, ferro,
fogões e outros móveis usados em carrinhos; que levam para as cooperativas de
catadores... sabem, né? Pois é, junto aos carros de última geração, as ruas da cidade
convivem com homens puxando carrinhos cheios de bugigangas. São os homens que
fazem a força para movimentar o ‘carro’ puxado, são o motor do carro.
Uma vez li uma
reportagem na FSP contando da vida dessas pessoas, e falava do peso desses carrinhos,
como eram pesados vazios (pois são feitos de ferro e madeira) e que quando cheios ficam muito pesados. E esses
homens sobem e descem ruas puxando esses carrinhos. Estamos tão acostumados com
essas pessoas que pegam objetos para reciclar e levam nos carrinhos/carroças
que não nos tocamos com tal crueldade. Ou melhor, nos sentimos bem, pois estão
trabalhando e ajudando na diminuição dos lixões, fazendo a coleta seletiva...
Pois
é, mas trabalham como burros de carga!!! que violência, mas nem percebemos como tal. O que faz o costume!