quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Só pra lembrar!

Esse blog começou com minha indignação com a violência contra as mulheres. E agora somos surpreendidos com a notícia de incesto do cineasta Wood Allen. Vou chamar de incesto pois Allen era pai adotivo de Dylan. Parece que há uma confusão se houve ou não, só que pesa nas costas de W. Allen a questão dele ter iniciado e depois se casado com sua enteada Soon quando ela ainda era jovem. Chamo atenção a questão dos amigos desacreditarem no fato. Sim, isso é uma constante nos casos de abuso, as pessoas em volta do pai ou avô abusador relutam em acreditar. Não estou afirmando que W. Allen é culpado ou inocente, mas quero com esse caso notar as mesmas questões que aparecem em casos comuns. Há uma descrença entre as pessoas próximas de que houve a violência. 
Outro ponto é a briga dos envolvidos, o pai ou homem que pratica o abuso sempre acusa a outra parte de induzir a criança a fabricar aquela história. E a criança fica entre os pais, sendo que ela deveria ser protegida por essas duas pessoas. A criança fica de lado é o que sobra é briga entre os pares. mais uma coisa que aparece nessa notícia; a questão do o silêncio. Depois de tantos anos, a vítima fala. Sim, é preciso processar o acontecimento até que possa ser compreendido de alguma forma para pois ser posto em palavras. Quem não teve uma experiência tão chocante que "ficou sem palavras!" Há falhas nesse relato com certeza, mas não se deve desprezar a priori por conta do hiato que existe entre o fato e o depoimento. É difícil para a criança entender o que aconteceu e ainda se impõe o silêncio do agressor sobre a criança, não podemos esquecer disso, com promessas ou mesmo mais uma agressão o algoz obriga a criança a guardar segredo.
Eu mesma fiquei tão chocado com o notícia que tive que esperar uma semana para escrever sobre ele, eu também precisei metabolizar a história para poder falar dela. Parabéns aos colunistas que precisam comentar tão logo a notícia é publicada!
Só para notificar outra notícia de violência que nos chocou: a violência contra Eduardo Coutinho e sua esposa praticada pelo filho.

Um comentário:

  1. Liz querida, Parabéns por chamar a atenção para um tema tenso e que infelizmente demora muito a se tornar público. Tema bem colocado no qual a criança é abusada em todos os sentidos. Primeiro por ser desprovida de recursos de psicológicos e de vida para poder discernir que um ato como este é violência e assim se cala, ainda achando que o problema está com ela... O adulto sabendo desta condição de inferioridade, intimida e abusa duplamente da criança em questão. Precisamos dar vozes aos silêncios!

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