quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O que acontece com nossos jovens?

Outro dia escrevi sobre as crianças que estão impedidas de irem a alguns restaurantes. Hoje escrevo para pensar sobre a sexualidade de nossos adolescentes.
Segunda-feira, dia Mundial de Combate à AIDS nos é dada a notícias que a infecção pelo HIV cresceu 50% nos últimos 6 anos entre os jovens de 15 a 24 anos.
 http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=3&cid=217975
A justificativa para esse crescimento é que essas pessoas nasceram e cresceram depois que houve o controle da doença, não viram a doença matando amigos e ídolos, assim ele acham que como a AIDS não mata, tudo bem. Esquecem-se de que é uma doença crônica que traz muitos prejuízos à saúde.
Bom, mas na mesma matéria é citado que nos EUA foi desenvolvido um comprimido que previne a AIDS em 92%. Será que é a falta de métodos de prevenção que faz com os jovens brasileiros se contaminem? Mas o Brasil foi também o pioneiro no tratamento compulsório aos infectados, exportou a metodologia para outros países. Penso que seria o comportamento de descaso dos jovens, não? Ou a onipotencia dessa geração? 
Onipotencia porque, quando uma criança é educada sem limites, pode-se ter um jovem onipotente, que não aprendeu a lidar com os limites, com os NÃOS da vida. E deixar de ter relação por falta de preservativo é um não que se impõe. Parar a transa e continuar somente na pegação por esse motivo pode trazer satisfação também e mostra responsabilidade, adolescentes conscientes e não jovens brochas e meninas bobinhas.
Hoje vemos os jovens sem limites para o uso do álcool, das drogas e também para o exercício da sexualidade. Com quantos você ficou numa festa, é pergunta básica entre grupos de adolescentes. Ficar quer dizer dar uns beijos, uns amassos, uns pegas. Só que esse exercício segue a passos largos, dos pegas eles logo passam para a transa e também para a variação dos pares. Parece que atualmente ninguém namora para não ter compromisso, daí pode ficar com outro par e outro par e assim sem envolvimento afetivo. Será? Por que tanto medo de se envolverem?
As crianças viram jovens que tornam-se adultos. Parece que esquecemos essa dinamica natural da vida... ou seja o jovem traz consigo a bagagem do que aprendeu quando criança, com potencial para acrescentar conteúdos e modificá-los, é claro, assim como o adulto. Estamos sempre aprendendo, é que dizem... então nosso conhecimento, nossa forma de vida vai se transformando, mas ela parte de um lugar e esse lugar é a infancia. Tudo isso para dizer que se nossas crianças são educadas como pequenos príncipes (como disse no artigo Crianças Sociais ou Anti-sociais) serão jovens príncipes, e como príncipes estão imunes a repressão, ou a castração (como dizemos em psicanálise) - tem coisas que não podemos. Dai para provocar a onça com vara curta, fica fácil ou seja, se expor a riscos grandes é um passo.

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