segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A morte vem nos tirar do lugar, sempre!

Todos nós sabemos que vamos morrer, mas quando ela chega para levar alguém, ficamos surpresos. Perguntamos o que aconteceu, mas por quê? Era tão jovem, ou ele não estava doente, estava? ou descansou, isso para minimizar nossa dor, etc etc... Quando é homicídio, sim, ficamos chocados com a violência e o suicídio???? Esse nos desassossega, por quê, o que aconteceu?
Desde a morte de Robin Williams na semana passada escuto lá e cá as pessoas indignadas pois no imaginário coletivo ele era feliz - era rico, famoso, bonito, ganhou o Oscar... e mesmo assim se matou! Nenhum desses atributos fazia Robin William feliz, era a dureza da vida o que mais lhe tocava.
Li num artigo de jornal que ele dedicava parte do seu dinheiro para questões humanitárias e que permaneceu um dia inteiro ao lado de uma criança doente que desejava conhecê-lo. E também que quando estava entre amigos tinha voz baixa e trêmula, aqui temos o homem Robin Williams e não o ator. Talvez foi essa fragilidade que o fez cometer o ato de suicídio, não suportou sua finitude - o diagnóstico de Mal de Parkinson e a morte de um amigo.http://alias.estadao.com.br/noticias/geral,genio-desesperado,1544700
O imaginário da riqueza e da beleza parece que nos protege de pensar na vida dura, mas Robin Williams nos coloca cara a cara com essas crenças. Não é porque é rico ou belo, ou famoso, ou... que é imune a dor.
A morte de Robin Willliams nos mostra a necessidade de estarmos juntos com nossos amigos (aqui incluo nosso familiares) de forma inquieta, sem preconceitos (positivos ou negativos), pois só assim podemos escutar as nuances da existencia de cada um.

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