sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Arte na Rua, não é pra embelezar?

Não há um só dia que as  reclamações sobre a cidade não apareceram, seja pelo transito, ou pela poluição, ou a falta de serviços básicos à população, ou a ciclovia, ou desrespeito com o cidadão e assim vai. Podia arrolar uma porção de motivos que as pessoas acham para reclamar.
Quanto tivemos a lei da Cidade Limpa tivemos uma enxurrada de problematização mas no final todos gostaram. Sempre presto atenção quando saio de São Paulo como as cidade tem uma poluição visual grande. Bom, e...
Dai vieram os grafiteiros e começaram a usar os espaços livres com seus desenhos e enfeitar a cidade, Nem todos gostam, é claro, não se agrada a todos. O grafite traz o questionamento da arte na rua, fora das galerias privadas, dos museus, e dá oportunidade a artistas antes sem chance de mostrar seu trabalho. 
Seguindo esta linha, outras artes começaram a ocupar as ruas. A arte no metro é um grande exemplo. Nesse espaço tem-se desde artes plásticas, fotografia, shows de música popular ou concertos de música erudita etc. 
Assim, a artista Raquel Brust se propôs a enfeitar a paisagem fria do Elevado Costa e Silva - conhecido como Minhocão. A exposição batizada de Giganto instalada nos pilares dessa via retratava rostos de moradores e frequentadores da redondeza. O projeto acabou em janeiro, e agora as fotos iriam perder o colorido com o tempo, numa relação natural, mas não, cartazes foram colado em cima, enfeiando novamente a paisagem, desrespeitando a Lei Cidade Limpa, desrespeitando os transeuntes. Desrespeitando tudo.
A obra que se propunha dar graça e leveza a um espaço público foi destruída. que pena. Ficamos com menos uma obra, com mais sujeira, com menos uma possibilidade de encontro com a arte.

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